domingo, 31 de maio de 2009

Alguém, por favor!

Essa semana na hora do almoço, estávamos à mesa eu, Jairo e a minha mãe. A Maria ("grande") estava na cozinha preparando alguma coisa, Arthur se arrumando pra ir trabalhar, Felipe e Fred brincavam no quintal, Matheus assistia tevê no quarto. Maria Fernanda correu para o banheiro, depois de fazer n° 2, (como diz o Frederico), disparou:

- MariaLúciaaaaaPaiêêêêMãããnheeeeeDonaVâniaaaaaFrediiiiFelipeeeeAtuuuuuMatheeeeeus...

E seguramente pensava: "Será que dá para alguém parar o que está fazendo e vir aqui me limpar?"

sábado, 30 de maio de 2009

Para Jairo, meu amor, meu lindo... minha vida

Peço licença a Marisa Monte para fazer minhas as palavras dela, para você:
"Deixa eu dizer que te amo.
Deixa eu pensar em você.
Isso me acalma, me acolhe a alma.
Isso me ajuda a viver.
Hoje contei pras paredes coisas do meu coração.
Passeei no tempo, caminhei nas horas.
Mais do que passo a paixão. É um espelho sem razão.
QUER AMOR, FIQUE AQUI.
AMOR, I LOVE YOU!"

O maior risco da vida é não fazer NADA.

"Trabalhe como se não precisasse do dinheiro. Ame como se nunca tivesse sido magoado. Dance como se ninguém estivesse te observando. O maior risco da vida é não fazer nada."

(Martha Medeiros)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Você já AMOU hoje?

Lendo Cristiana Guerra me deparo com a frase:

"É NO CONFRONTO COM A MORTE QUE A VIDA ENCONTRA SENTIDO."


Impressionante a realidade dessas palavras. E diante dos últimos acontecimentos tenho pensado muito nisso ultimamente. O confronto com a morte assusta. Nos faz sentir pequenos. Impotentes. Então tenho me questionado, e me sinto culpada. Culpada por talvez não dar o devido valor ao que merece e dar valor demais ao que não merece.


Qual é o sentido da vida?


Eu acredito que o sentido da vida seja o amor. Amor pela vida, amor pelos filhos, amor pelo marido, amor pela família, amor pela mulher, amor pelo que a gente faz, amor pelo próximo, amor pelo que a gente respira, amor pelo que a gente vive.
Acredito que devemos buscar (e encontrar) sermos melhores a cada dia. Aprender sempre. Evoluir como pessoa. Superar nossas limitações.


Mas e daí? E daí acordamos pela manhã e nos entregamos a correria da vida, à ânsia de viver, à pressa, cumprir com todos os compromissos, relógio, horário, tempo.


- Depressa filho, vou chegar atrasada no trabalho!


- Mãe, será que você....
- Não filho, agora não dá, tenho que...


- Uff! Tô morta de cansada.
- Vamos ver um filme?
- Não... Tô com muito sono, vou dormir.


Para! Para tudo!


Precisamos prestar muita atenção ao que realmente importa. Coisas simples. Encontrar um mundo com mais significado. Respirar mais poesia , encontrar espaço para brincar, sorrir, pular, dançar, não nos preocuparmos tanto, e nos libertarmos desse círculo vicioso de achar que temos que correr contra o tempo, que temos que produzir, resolver isso ou aquilo, pagar as contas.

Precisamos sentir o perfume do outro, dar beijo de bom dia, ver a vida com mais humor, rir dos nossos erros, escutar Marisa Monte, assistir romances, dramas, e aventuras no cinema. Ah, e comédia também. Inteligentes, comédias inteligentes.

Precisamos viver momentos que ficarão emoldurados no álbum da nossa vida. Mas esses momentos não precisam ser grandes festas e eventos, e sim, momentos de risadas, conversas interessantes, um DVD com pipoca e as crianças vibrando, espaguete ao sugo e uma taça de vinho tinto, família reunida para o almoço de domingo, uma caminhada na praia a tardinha, o pôr do sol, um livro na rede da varanda, um dia de chuva forte você e ele embaixo do edredon.

Precisamos nos entregar para o que é feliz. Olhar para o lado. Cuidar do aqui e agora. Lógico que devemos plantar para colher, sermos muito cuidadosos com o futuro, mas o presente também é importante. Muito importante.

Você está cuidando do jardim da sua vida, contemplando as cores das flores, o céu azul, o sol intenso pela manhã, o entardecer, regando suas plantas, ouvindo o canto dos passarinhos, lendo um livro à sombra da árvore?

" É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..." Você já AMOU hoje?


Obrigada, senhor Roger Wright! Adeus.

No último sábado, dia 22 de maio de 2009, o Jairo me ligou por volta das 13 horas e me perguntou assustado:

- Você já soube do Roger?
- Não... o que? Que Roger?
- O Roger da Creche!
- Ai, não! (Senti uma fisgada no peito) O que houve?

O Jairo meio gaguejando, com a voz trêmula me disse que ele estava assistindo ao noticiário da tevê e visto uma reportagem de um acidente de avião em que falecera TODA a família do Roger.

Estado de choque.

Só conseguia pensar: Não pode ser verdade... Não... deve ter algum engano. E me vem a cabeça agora a descrição da Cristiana Guerra do que eu sentia, uma sensação de "esperança ingênua" de que aquilo não estava acontecendo.

Desliguei o telefone e corri pra internet. Lá estava, os detalhes do inacreditável, e o nome: Roger Wright. E sua esposa, filhos, netos, genro e nora!!!!

Coração apertado. Nó na garganta. Um frio que me congelou derrepente. Lágrimas contidas.

Pouco tempo depois voltava pra casa e o motorista da condução me conta o acidente que presenciou naquela manhã, no bairro lá de casa, aliás a alguns metros da minha casa, e falecera uma criança. Uma criança pequena, 1 ano e meio no máximo. Na hora. Estava na cadeirinha da bicicleta com a mãe e foi atropelada por um caminhão.

Chega o meu ponto e eu peço pro motorista parar. Quando olho, o Jairo vindo na minha direção.
Graças a Deus. Minhas pernas estavam moles, se preciso fosse, elas andariam até em casa sozinhas. Mas que conforto poder me apoiar em seus braços. E abraçá-lo forte. Ele me perguntou se estava tudo bem, eu respondi negativamente com a cabeça. Choro. Ele chorou também. Discretamente como sempre faz, mas chorou também. Ali, na rua. Nós dois em pé, parados no meio do corre corre das pessoas. Abraçados. Confortando um ao outro. Foi breve, mas foi sentido.

Passei o resto do dia com uma angústia no coração. E não posso negar, ficava me perguntando: "Porque Meu Deus? Porque as coisas acontecem dessa forma?"

Acho que as demais pessoas não entendiam bem o que eu sentia. Vou tentar explicar. Roger Wright era pai, marido, avô, filho, irmão, um grande empresário, amigo, etc, etc, etc. Não conheci "esse" homem. Na verdade nunca conversei com ele. Embora sempre soube por quem o conhecia melhor do que eu que era um grande homem. E eu pensava que era óbvio isso. Porque o fato dele, (e aí começa a minha explicação), dar continuidade ao sonho de sua primeira mulher, (que faleceu num acidente de avião), e abrir uma Creche para atender a crianças de classe mais humilde aqui em Buzios, já me mostrava claramente que se tratava de alguém especial. Ver a sua satisfação, o seu carinho delicado e o seu sorriso largo nas apresentações anuais dos projetos da Creche era sempre especial e comentado por mim ao Jairo e vice versa.

Foi nessa creche que vivenciei o início da minha vida de mãe. O Frederico entrou na creche com 1 aninho e depois o Felipe teve a felicidade de receber também toda a dedicação, amor e carinho de todos que dela fazem parte. A Creche Bárbara Wright é um Instituto Educacional, que ensina através da Arte. Cultura, princípios, ética, valores como a simplicidade, enfim, a educação da criança como é o sonho de toda mãe o todo pai. Educação como deveria ser em todo o universo. Como todas as crianças têm direito, ou pelo menos deveriam ter. Graças ao Roger meus filhos tiveram. Costumo dizer que a Creche não educou somente aos meus filhos. A Creche me ensinou muito, me ensinou a ser mãe, me fez ver o lado mais lúdico da vida, com poesia e música.

Eu sinto muito.

E gostaria de deixar aqui registrado toda a minha gratidão a esse homem que foi especial na vida da minha família, mesmo sem o termos conhecido pessoalmente.

Muito obrigada.

À seus entes queridos, e a todos que o amam, deixo meus sinceros votos de que encontrem no amor e no carinho alívio para dor e que a saudade se transforme em paisagem para que possa ser comtemplada com afeto.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Memórias da mamãe: criança x adulto


Estava na cozinha toda serelepe, preparando o jantar numa noite comum.
Maria Fernanda me rondava como de costume. Observando tudo...
Menú: Espaguete ao sugo. (A-MO!)
Tomava uma tacinha de vinho enquanto preparava o molho. E então abri o pacote de macarrão e caiu um espaguete no chão. Ela, mais que depressa, pegou o espaguete e colocando na boca, olhou bem pra mim, que segurava a taça de vinho pronta pra tomar um gole e disse:

- Esse, (me mostrou o espaguete), não é de adulto, né mãe?

Posso com isso?

Memórias da mamãe: Felipão - Enquencado


Há uns dois meses atrás, chego em casa depois de um dia cansativo de trabalho e sou recebida já no portão pelo Frederico eufórico que gritava:

- Mãe! (Olhos arregalados) Você não sabe o que o Felipe fez! (Cara de espanto)

Eu já iamginando a tragédia, questionei o que havia acontecido.
Ele corre pra dentro de casa e volta com um tufo de cabelo nas mãos, aliás, um "tufão". Cachinhos mais precisamente.

Nesse momento o Felipe já estava na minha frente com uma carinha, assim, digamos, de malandro... Olho pra Maria Fernanda, e vejo que um lado do seu cabelo estava mais curto do que o outro. Muito mais curto.

Mamãe histérica começa:

_ Meu Deus!!! Felipe!!! Mas o que você fez, meu filho??? Você cortou o cabelo da Maria? Mas filho... como... como você corta o cabelo da sua irmã, filho? Eu não acredito... Meu Deus...

E ele mais do que depressa, numa tranquilidade que só os malandros sabem manter diante de uma mãe histérica, respondeu calmamente:

- Mãe, eu cortei pra ela ficar linda igual a você.

- Lin-da Felipe? (Mantive o carão firme, tom de voz alto- eu sei, horrível- embora me soasse engraçado a malandragem dele)

- É mãe, olha só, (aponta pra Maria) ela ficou linda, né?

- Felipe, você não pode fazer isso filho! (Confesso. Minha voz continuava alterada - lê-se: gritando) Você não pode cortar o cabelo da sua irmã! Olha filho, você tirou os cachinhos do cabelo dela...

- Mas mãe... (Cabecinha cabisbaixa, olhinhos desapontados tentando fazer cara do gato de botas do Shrek)

- Felipe, não pode filho, não pode cortar o cabelo da sua irmã! (Mamãe histérica começa a repetir as frases incansavelmente - Uff!)

- Então mãe... (Lágrimas já rolavam no seu rostinho. Meu filho pode ser ator, pode se transformar numa "celebridade global" tranquilamente. Ele tem uma habilidade para chorar im-pres-sio-nan-te)

Breve silêncio.

- Então quer dizer que eu estou enquencado?

Pronto. Conseguiu. Ou quase. Me diz, que mãe não se desmancha com uma frese dessas? Depois de um esforço tremendo, (morri de vontade de rir, abraçá-lo, apertá-lo, mas não o fiz), expliquei que ele não podia fazer isso, (de novo), que tesoura é perigoso, que cabelo se corta no cabeleireiro, etc...


Ps: Igualei o corte no outro lado do cabelo da Maria, né?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Almas Gêmeas

Ontem, assistindo a novela da Rede Globo que aborda os costumes indianos, me peguei refletindo sobre o casamento, mais especificamente, o casamento arranjado, (tema que a novela aborda).
Casamento ar-ran-ja-do. Assustador num primeiro momento, né? Como? Como vou me CA-SAR com uma pessoa que eu nunca vi na VI-DA? E então, naturalmente tendemos a pensar no quanto (à princípio) isso nos parece absurdo, como se isso fosse surreal.

Imagina se privar de conhecer uma pessoa, "aquela" pessoa, e então ceder a todas às emoções que nos envolvem a partir daí. Troca de olhares. Atração. Coração palpitando. Frio na espinha. Ansiedade. Receio. Expectativas. Tesão... Desejo. Desejo de ver, de sentir, de cheirar, de tocar. Desejo de estar junto, mesmo que seja você fazendo uma coisa e outro outra coisa, mas só o fato de estarem no mesmo ambiente já é acolhedor pro coração. Desejo de ir descobrindo o outro. Apaixonar-se. Desejo que a paixão vire amor. Desejo de viver esse amor. Desejo de dividir, e finalmente... desejo de compartilhar uma vida, desejo de se entregar de corpo e alma ao outro em matrimônio.

Parece tudo tão simples, tão natural essa "fórmula" que para nós brasileiros é até lógica.

Mas, porém, com tudo, todavia, existem as DIFERENÇAS. E muitas vezes, o mistério vai acabando, as diferenças vão surgindo... E o que parecia belo, vai cedendo lugar pra o que incomoda. Incomoda o outro.

É lógico que existem uma infinidade de casais que dão "certo" dessa maneira. (Pasme!)
A questão não é essa.

O ponto em que quero chegar, é que passado o "pré-conceito" com relação a casamentos arranjados e analisando de maneira mais racional, é um ponto de vista de se "resolver" uma questão, bem interessante.

Pensa bem, um marido que tem a mesma religião ou credo que você, a mesma cultura, educação, formação, nível social, interesses, e ainda por cima é escolhido através de um estudo da sua personalidade (mapa-astral/astrologia), de forma que o requesito de que suas personalidades, (a sua e a dele), combinem é fundamental.

Pequenogrande detalhe: O Homem em questão, (a mulher também, é verdade), são educados, recebem toda uma formação sexual, baseada no estudo do sexo em sua forma mais profunda, única, transcedental, que se baseia na satisfação extrema da mulher. Com muito carinho. E depois de construído o amor, com muito amor também, of corse.

Será que o casamento arranjado é algo tão absurdo assim?

Ou a probabilidade de encontrar sua alma gêmea é bem maior?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Fragmentos de uma cabeça pensante

Fato. As coisas na vida nunca foram muito fácieis pra mim.

Sempre tive uma bússola interna apontando o "norte" e segui instintivamente um caminho, que embora não fosse o mais fácil me levou a lugares lindos também.

Nunca fui fã de drogas e sexo libertino, mas sempre fui considerada a ovelha negra da família.

Acredito que estamos nesse mundo com um propósito maior.

Sei que hoje sou melhor do que ontem e pior do que amanhã.

Confortar o meu bebê recém-nascido no ninho dos meus braços foi a sensação mais incrível e realizadora. O amor na sua forma mais concreta.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mulheres de 30...

(Foto clicada por Maria Fernanda no dia 12/05/2009)


" Quando olho para o meu passado vejo uma pessoa muito parecida comigo, (por acaso eu mesma), porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções."
(Martha Medeiros)

Dia 12 de maio de 2009.
Chegaram os tão famosos (e esperados) 30 anos.
É, porque sempre tive a sensação de que seria mulher, assim, mulher mesmo, quando completasse 30 anos.
E embora eu esperasse por isso com aquela ansiedade das mulheres de 20, e tenha plena convicção de que não quero nunca voltar no tempo, até há poucos dias vários pensamentos vagavam na minha cabeça, tipo: ai, estou ficando velha. Se olha no espelho peladona quando vai tomar banho e pensa: puts, já não é mais a mesma coisa, como é que a lei da gravidade pode agir assim tão... "rápido"? Ou então aquele clichê básico, que até pouco tempo não usávamos: "na minha época..." Enfim, pensamentos que te demonstram comprovadamente que o tempo, algum tempo, passou.
E realmente passou. Tenho 3 filhos, (lindos), e você pode imaginar que o corpitcho não é o mesmo dos 20 nunca! Mas e daí? O corpo, o rosto, a pele, a barriga, enfim não são os mesmos. Mas em compensação, bem, em compensação há várias experiências, emoções e conhecimentos que só a vivência nos proporcionam, né mesmo? E daí a gente entende que a intensidade e a ansiedade podem roubar você de si mesmo, e chegamos a conclusão de que é preciso leveza para nos pertencermos a nós mesmas.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mulherzinha

É impressionante como menina tem coisas de mulherzinha correndo na veia como sangue. Depois de 2 meninos, posso afirmar isso com certeza. Maria Fernanda desde pequetita faz coisas nesse sentido que me surpreendem, posso relatar várias, como: "Quero passá batom, mãe." Ou, depois de colocar uma roupa, quebra o pescoço pro lado, faz caras e biquinho e diz: "Agora tô linda." E uma das últimas que ela anda reparando sempre é quando faço as unhas. Fica passando o dedinho em cima da minha unha recém pintada e pergunta: "Você pintou, mamãe?" E então, começou a me pedir para pintar as dela também. E fui enrrolando, enrrolando, até que sucumbi à sua vontade e... pintei suas unhas. Depois de superar os preconceitos, (porque sempre achei meio estranho ver aqueles pingos de gente com as unhas pintadas), e a preocupação de que ia borrar tudo e fazer uma lambança só, pensei "ah, não custa fazer a vontade dela, já que quer tanto..." E foi quando me surpreendi mais uma vez! Estendeu as mãozinhas pra mim, com os dedinhos esticadinhos e entreabertos, como se estivesse de fato à mesa de uma manicure profissional, abriu o maior sorriso quando foi notando que suas "unhinhas" estavam ficando vermelhinhas, vermelhinhas (é, pq já que ia pintar, que fosse de uma cor que se notasse ao longe, né?), e assim foi a primeira vez que a Maria Fernanda fez as unhas! Ficou numa felicidade só, e detalhe: continuava com os dedinhos esticadinhos, pegando nas coisas com o maior cuidado pra não borrar, mais de meia hora depois de pintar. A gente (mamãe, papai e Maria), dizia que já estava seco, mas acho que ela pensava: "por via das dúvidas melhor não arriscar".
Coisas de mulherzinha.